PASSEIO ETÉREO

Imagino o dia em que poderemos alcançar um grau de evolução que nos permita viver dentro de uma vida guiada pelo bem comum. Busco na filosofia respostas sobre esta questão e acho algumas ideias interessantes, principalmente, aquelas originadas daqueles pensadores que desvendam o nosso papel neste planeta. Surpreende-me pensamentos que indicam o crescimento interior como o objetivo maior do ser humano para poder-se, assim, adentrar a planos superiores de vivência plena, e, lá usufruir de toda a criação. No entanto, admito que existam locais no nosso planeta onde se vive melhor, onde as necessidades básicas são alcançadas e a humanidade não tem que buscar a sobrevivência a qualquer custo. Dessa forma, ali se estabelecem padrões éticos que elevam os padrões evolutivos da humanidade, alcançando-se níveis vibracionais próximos a planos superiores ao da terra, esta última, local de expiação e aprendizagem. Penso, seriamente, que a próxima etapa após a passagem por este chão seriam novas dimensões para as quais caminharemos invariavelmente. Há necessidade de passar por isso tudo? Por que não temos um aprendizado mais suave? Como resposta, creio que a sabedoria universal construiu esse trajeto tortuoso, já que existe o livre arbítrio, sem o qual haveria a condenação à ignorância eterna de não ter-se escolhas. O conhecimento seria mínimo, e, não haveria a necessidade de ascender, pois os limites já estariam bem delineados. Mas, há de considerar-se a matéria, calcada em carne e sabedoria, que prende a essência humana num invólucro aparentemente intransponível, mas que pode libertar-se e dirigir-se a outros níveis. Essa liberação acontece em certas situações, quando a nossa essência se afasta do casulo material. Esse passeio etéreo acontece quando a nossa consciência é desconectada do corpo físico e nos permite alcançar locais de aprendizagem da arte da evolução, motivo maior da nossa vinda a este planeta, encontrando-se, aí, a resposta que se busca sobre as perguntas clássicas: de onde viemos e para onde vamos. O suposto desligamento certamente ocorre no sono ou em outros estados de alteração da consciência. Nessa seara, experimentei algumas situações de saída do meu corpo físico durante o sono, quando pude me ver e subir aos céus até observar a terra desaparecer e, ainda, vislumbrar planetas, galáxias e sóis distantes, entretanto, tudo de uma maneira que não posso afirmar se realmente passei por tudo aquilo. Certa vez fui sugado em direção a um planeta azul e lá me senti assentado em cima de terra coberta com grama verde e observei um bosque com muitas árvores. Naquele local foram chegando pessoas vestidas com roupas claras em tons pastel. Não eram pessoas conhecidas, mas, pude conversar e saber que estava num plano astral superior. Em outra saída do corpo físico subi até poder ver um planeta com as cores do arco íris na sua parte central. Numa manhã vi uma pequena luz prateada passando acima do mar e se dirigindo à praia. O ponto de luz parecia diminuir à medida que se aproximava da minha casa. Sai da varanda e fui até a areia para ver aquele objeto mais de perto. Fiquei parado e esperei a luz chegar e parar a uns cinco metros de onde estava. Uma comunicação telepática passou a me informar que aquilo era a forma na qual se apresentava um viajante da quinta dimensão. A pequena luz tomou a forma de um planeta e pude ver um arco íris envolvendo o seu centro como já havia visto. Um pouco depois a luz começou a se afastar e subiu até desaparecer. Essa aparição confirmou o que já considerava real. Novas experiências e estudos me indicarão um novo olhar sobre o que considerava sonho e não um fenômeno complexo e real que pode ser vivenciado por todos nós.